quinta-feira, 28 de junho de 2012

DIA 5 - 16/04/12 - PUCÓN "A cidade inteira tem cheiro de madeira... maravilhoso"

As pessoas do Hostel Refúgio Península são bastante agradáveis. O hostel, que é todo de madeira, como a maioria das edificações da cidade, é bem simples, mas muito aconchegante.

A Dômina, uma cachorrinha que mora lá, passa o dia deitada em frente a lareira, uma graça! De vez em quando, o amiguinho dela, Mateo, vai visitá-la!!!

De manhã a Darciana preparou nosso desayuno, muito bom!
Próximo do local onde tomamos café, tem alguns computadores que podem ser utilizados pelos hóspedes sem nenhum custo adicional, a cozinha, por ser comunitária, também pode ser utilizada.
Saímos do hostel às 9h e fomos conhecer a cidade.
A rua do hotel é muito bonita, em frente tem um condomínio residencial, que é todo cercado por vegetação e lindas hortências. Mais adiante tem uma espécie de igrejinha a céu aberto, muito bonitinha onde as pessoas deixam papeizinhos colados nas paredes e na gruta, com pedidos e agradecimentos por graças alcançadas.



Um pouco mais a frente é possível chegar ao Lago Villarica.


O lago é enorme, andando no sentido contrário também é possível avistar outra parte dele.


Nos apaixonamos por Pucón, a cidade é linda, tranquila e tem um perfume de madeira muito agradável, lago, montanhas, friozinho... muito romântica, tudo de bom! Ficamos com vontade de ficar lá pra sempre!!!
Da cidade, se o tempo ajudar, é possível avistar o Vulcán Villarica, mas só conseguimos esse feito no nosso último dia em Pucón (se estiver muito nublado, sem chance, você não verá o vulcão, algumas vezes só é possível vê-lo por alguns minutos, então não perca tempo: fotografe!!!).
Vulcán Villarica está ativo, existem placas de alerta de evacuação de emergência em alguns pontos estratégicos da cidade.


No prédio da Prefeitura tem um sinal de alerta vucânico que estava verde, mas que pode ir para o amarelo e para o vermelho, nesse caso corra!!!



Entramos em umas lojinhas de artesanato e de roupas manufaturadas, compramos toucas e luvas (mais quentes do que as nossas), tecidas com lã de ovelha, pela simpática senhorinha, proprietária da loja.
Fomos até a Agência de Receptivo chamada Informaciones y Servicios Turísticos, que fica na Avenida Bernardo O'Higgins, 447 para contratar os passeios, em especial, o mais esperado: a subida no Vulcán Villarica!!!
Compramos para o mesmo dia, às 14h, o passeio para o Salto el Claro, por 14.000 CLP (R$ 61,20). Compramos também, para o dia seguinte, o passeio para o Vulcán Villarica e para Los Posones por 40.000 CLP (R$ 174,85) os dois - mas esses vou deixar para detalhar no próximo post, ok!
Como ainda faltavam algumas horas, decidimos ir almoçar. Fomos em um restaurante, sem placa de identificação, na Calle Ansorena. Esse restaurante tem uma decoração mexicana, com uns chapéus de mariachi pendurados na parede, no maior estilo "decore você mesmo" (chegamos a essa conclusão porque com certeza foi o próprio dono do restaurante quem decorou... rs!!!).
O próprio dono do restaurante era quem anotava os pedidos, fazia a comida (que por sinal foi preparada na hora, demorou um pouco, mas valeu a pena porque a comida veio fresquinha), servia e cobrava no final... ufa, só de ver cansei!
Comi chuleta acompanhada por papas fritas (3.100 CLP - R$ 13,55), os meninos pediram uma porção de arroz também. Comida boa, caseira, por um preço camarada.


Voltamos para a agência de turismo para fazer o passeio ao Salto el Claro e enquanto esperávamos o carro para nos levar até o ponto de início do passeio, a Márcia e eu fomo tomar um café expresso na chamosa Cafeteria Agora (800 CLP cada - R$ 3,50) que é vizinha da Agência Informaciones, também na Avenida B. O'Higgns. O carro chegou e nos levou até um local onde haviam uns guias com os cavalos, que nos ajudaram a montar... eu nunca havia andado à cavalo antes...

Lucas e eu!

Começamos a cavalgada... Os cavalos são treinados e seguem em fila, sempre na mesma ordem. Se o cavalo de trás acelera, o da frente também, de modo a manter a ordem.


Cavalgamos um tempão por uma estradinha até chegar em um ponto onde tivemos que deixar os cavalos e descer a pé até o Salto.
Lugar lindo!



Ficamos lá um tempo admirando... o Renan arriscou beber um pouco da água que escorria das rochas laterais, mas não foi uma idéia muito boa, pois a água estava muuuuito fria a ponto de congelar os dedos!


Tiramos muitas fotos e depois começamos a subida a pé e o retorno à cavalo.
Achei um pouco monótono o passeio de cavalo... não precisava fazer quase nada, pois os cavalos já estavam no modo automático! Sempre enfileirados e mantendo o mesmo rítmo.
De repente o cavalo do Renan se assustou com alguma coisa e resolveu disparar... ai ai ai cavalinho... o Renan que tava meio distraído (igual todos nós) caiu no chão, os outros cavalos resolveram correr também (pra não sair da ordem, lembra?). Foi um susto, acho que depois disso todo mundo resolveu segurar o reio direito (pelo menos eu sim!).
Graças a Deus não houve nada sério, mas o Renan ficou com as mãos todas raladas e de brinde alguns hematomas na perna (Saga cigana parte 2!!!).
Retornamos ao local onde havíamos encontrado os guias com os cavalos e lá um carro estava nos esperando para que retornássemos a agência.
Esse passeio não é tãããão entusiasmante. O Salto é muito bonito, vale a pena quando chega lá, mas se você tiver a opção de fazer um passeio mais emocionante, acho que vale mais a pena.
Dias depois, vendo as fotos de pessoas que também fizeram esse passeio, observei que é possível ver o Vulcan Villarica da estradinha que leva ao Salto quando o tempo está aberto, quando fomos o tempo estava fechado e não pudemos vê-lo.
Na volta ao hotel passamos em uma padaria e compramos deliciosas berlindas (sonhos) para comermos no hostel.
Nem saímos mais do hostel nesse dia, ficamos lá para ficarmos descansados para o passeio do dia seguinte.

*****

Em Pucón os restaurantes só funcionam na hora do almoço, que começa entre as 13h e 14h, fecham depois de umas duas horas e só reabrem às 20h, ficando abertos até, mais ou menos, às 23h. Se você "perder a hora" poderá ficar faminto ou terá que ir até o Cassino Enjoy na Calle Ansonera que oferece lanches em qualquer horário.
A Calle Frésia é o local onde tem vários restaurantes bacanas, tem até churrascaria, que o Maurício, como bom carnívoro, ficou com a maior vontade de ir, mas não foi possível, pois não estávamos sincronizados com os horários.
A Calle Frésia é um ótimo lugar para passear a noite, se você for, não deixe de dar uma volta por lá.

domingo, 10 de junho de 2012

DIA 4 - 15/04/12 - SANTIAGO/TEMUCO/PUCÓN "Só pode ter sido a praga cigana..."

Saímos do apart às 9h50 para o nosso último passeio em Santiago. Fomos a pé visitar o nosso “vizinho” Cerro Santa Lucia.


O lugar é muuuuito lindo, muito verde, um jardim impecável, chafariz, fontes e construções históricas. O Cerro Santa Lucia não é tão alto quanto o Cerro San Cristóbal, o que, definitivamente, não implica em sua beleza.


Particularmente, achei o Cerro Santa Lucia mais charmoso do que o Cerro San Cristóbal (e olha que adorei o Cerro San Cristóbal e sua igreja a céu aberto).
Lá em cima tem um castelinho e uma fonte em que as pessoas jogam dinheiro em troca de pedidos.


Ficamos por lá, mais ou menos uns 40 minutos, pois tínhamos que voltar logo ao apart, pois nosso voo de Santiago para Temuco sairia às 12h45 (disse bem; “sairia”...).
Subimos para pegar nossas malas e enquanto isso o Renan foi conseguir um taxi pra nos levar até o aeroporto (pagamos 15.000 CLP – R$ 65,50).
Chegamos no aeroporto por volta das 11h00, fizemos o check in e resolvemos procurar um lugar pra comer.
Resolvemos almoçar no Gatsby dentro do aeroporto de Santiago (se trata de uma rede de restaurante, vimos uma unidade também no Barrio da Providência – se puder, não deixe de ir, bom demais!). Local bacana, come-se bem e à vontade por 10.000 CLP (R$ 43,70). Tem um buffet variado de saladas e comidas quentes que inclui, entre outros, carne assada, massas preparadas na hora e uma mesa gigante de sobremesas... Muy, muy, muy esquisito!!!
Comemos, comemos, comemos e deixamos para embarcar dentro dos últimos minutos de tolerância... estava tudo sob controle até que, no momento de embarcar, o Renan, a Márcia e eu passamos sem problemas, mas, depois que nossa bagagem de mão passou pelo raio-x, a policial pediu para que o Maurício esperasse, pois ela queria revistar a mala dele (???).
Fiquei com ele esperando ela verificar a bagagem, que era uma malinha pequena dessas com rodinha. Abrimos a bendita e ela quis olhar tudo, tudo mesmo!!! Até as bags da filmadora e da máquina fotográfica... Quando abrimos a bolsinha da máquina fotográfica ela disse: “Ah... é uma câmera...”. Na hora pensei: é inapropriado escrever o que pensei! =/
Ficamos uns 20 minutos lá parados entre ela pedir para esperar e ser revistados o que acarretou APENAS na perda do nosso voo... Putz, essa parte não gosto nem de lembrar, dá uma raiva... pois pra ajudar, a Dona Malvadinha, funcionária da companhia aérea, que estava no portão de embarque não nos deixou embarcar devido a 2 minuto de atraso, mesmo vendo a gente correndo pra tentar chegar no horário, mesmo com o avião ainda parado e de porta aberta e com pessoas ainda no túnel para entrar no avião, mesmo a gente implorando e explicando o que tinha acontecido...
Depois que chegamos o avião ficou mais 8 minutos de porta aberta, a gente implorando até o último minuto pra Dona Malvadinha e ela com aquela cara de “problema seu” e nem aí pra gente... Ela foi bem FDP, mas tudo bem, ela que acerte as contas com Jesus agora!!!


Prestes a decolar sem a gente...

Só pode ter sido a praga cigana... Nenhum de nós nunca tivemos esse tipo de problema. Não tivemos, sobretudo, nenhum problema na vinda de SP para Santiago (mais tarde, nenhum problema no retorno e nem na conexão). Fica a dica: Nunca contrarie uma cigana em Viña Del Mar!!!
Neste momento, o que nos restou foi apenas o desespero e a frustração, depois de ter passados dias tão divertidos...
Detalhe bem básico: as nossas malas foram e nós ficamos... imagina o desespero...
Retornamos a um guichê da Lan, a fim de conseguir embarcar, todo mundo junto, em outro voo, ainda nesta data.
O próximo voo sairia por volta das 17h, mas só havia dois lugares. Graças a Deus conseguimos ser encaixados no vôo das 18h50, logo, ficamos de bobeira todo esse tempo naquele aeroporto, na maior perda de tempo.
Até então, ter entrado naquele avião foi a minha maior alegria neste dia.

*****

No avião, foram servidos bolachinhas salgadas, brownie e cookie (delicinhas!!!), tudo isso dentro de uma caixinha bem bonitinha com a foto dos “Palafitos de Chiloé, Región de los Lagos”, bem bacana!



Chegamos às 20h no aeroporto de Temuco, que é bem pequeno e com aquecedores a lenha em alguns locais.
Dica: quando você estiver indo de Santiago a Temuco (no outono), leve uma blusa de frio a bordo, pois a temperatura é bem mais baixa em Temuco. Desembarcamos na pista, estava com uma malha leve e quase morri de frio.
A primeira coisa que fizemos foi resgatar a nossa equipaje. Fiquei muuuuuuito feliz quando perguntei à funcionária da companhia aérea sobre nossas malas e ela simplesmente perguntou: “Félix?”. No impulso, quase dei um abraço nela de tanta felicidade!!! Ela disse que as malas estavam lá desde as 14h.
Em Temuco, os taxistas do aeroporto, são bem menos "agressivos" do que os taxistas do aeroporto de Santiago.
Na saída, perguntamos a um carabinero como fazer para chegar em Pucón, o mesmo explicou que teríamos que ir até o terminal de buses da empresa JAC, onde são vendidas passagens para o nosso destino.
Pegamos um transfer coletivo (uma van) que foi deixando as pessoas, literalmente, na porta de casa (chegou até a entrar em um condomínio residencial e deixou a mulher em frente a porta de entrada do prédio!). O valor do transfer foi de 10.000 CLP (R$ 43,70) para os quatro.
Chegamos no terminal de buses JAC e compramos nossas passagens (4.500 CLP/pessoa = R$ 19,70) com saída às 20h45. Chegamos em Pucón às 23h15.
O Renan tinha visto na internet que o caminho de Temuco até Pucón é bem bonito, mas infelizmente, por motivo do nosso imprevisto aéreo não foi possível desfrutar dessa maravilha chilena.
Em frente ao terminal de buses, na Calle Palguín com a Calle Uruguay, pegamos um táxi por 3.000 CLP (R$ 13,00) que nos levou até o Hostel Refúgio Península, na Calle Clemente Holzapfel, 11.
Achei o táxi caro pela distância percorrida (seis quadras), pois o hostel era bem perto do terminal de buses, se você estiver com poucas malas e for ficar no Refúgio Península, vale a pena ir a pé mesmo, é bem pertinho.
Quando chegamos no hostel fomos recebidos pela Silvana, super fofa, que nos levou até as nossas habitaciones, nos deu as informações sobre os horários. O hostel tem uma lareira enorme na sala, uma lareira menor no local onde é servido o desayuno e aquecedores a gás nos quartos, bem quentinho!!!



Estávamos famintos, então a Silvana disse que o Casino Enjoy Pucón, na Calle Ansorena, era o único local aberto naquele horário, onde poderíamos comer alguma coisa.
Seguimos até lá a pé mesmo, pois segundo a Silvana, mesmo já sendo bastante tarde, não havia nenhum problema em transitar a pé em Pucón... que lugar!!!
Um friiiiio na rua... chegamos no Cassino e tivemos que pagar 1.000 CLP (R$ 4,40) para entrar. Fomos ao Restaurant Uni, comi um combo de quatro empanadas de pino e de queso (suuuuuuper deliciosas, as melhores que eu comi em toda a viagem, se você for lá, coma, por favor!!!) por 3.100 CLP (R$ 13,55) e um suco de uma fruta típica do chile, a Chirimoya (1.200 CLP – R$ 5,25), que de tão saboroso, se tornou o meu suco favorito.
Os meninos e a Márcia pediram um lanche chamado Monster (5.100 CLP – R$ 22,30), pelo nome dá pra ter uma ideia do tamanho! Com carne de hamburger e pauta (pasta de abacate), entre outros ingredientes, que tiveram que comer de garfo e faca de tão grande.
Voltamos para o hostel a 1h da manhã, na rua um frio congelante...

domingo, 3 de junho de 2012

DIA 3 - 13/04/2012 - SANTIANGO "O restaurante giratório não fica em um prédio redondo!!!"

Neste dia saímos do hotel às 9h30 e fomos direto para o Palacio La Moneda para ver lo cambio de la Guardia, que acontece dia sim/dia não e que tem início às 10h00.
Pegamos o metro na Estación Santa Lucia e descemos na Estación La Moneda.
A troca da Guarda é um evento, muito legal! Tem a banda, tem cavalinhos, tem Carabineros com seus trajes impecavelmente bem alinhados e com movimentos sincronizados muito bem ensaiados.


O protocolo tem duração de, aproximadamente, 1h, depois há a possibilidade de uma visita guiada no interior do Palacio, mas como precisava ser agendada com antecedência, não deu pra gente ir...aaaah!!!
Ficamos por lá mais um tempo e tiramos foto (tem uns espelhos d'água e uma bandeira do Chile imensa na frente do La Moneda, bem bonito).


No dia anterior planejamos que neste dia iríamos almoçar no Restaurant Giratório. Da janela do nosso quarto sempre víamos uma torre redonda e como o La Moneda estava naquela direção pensamos: "A gente vai ver a troca da Guarda e depois nós vamos almoçar no Giratório que é lá perto".
Quando estávamos indo embora do La Moneda, avistamos a torre e perguntamos (apotando para ela) para o Carabineiro como teríamos que fazer para chegar até o Restaurant Giratório. Ele nos olhou com uma cara estranha e apotou para o outro lado... Ficamos imediatamente intrigados e quando ele percebeu que estávamos na maior confusão mental, falou que ali não era o tal restaurante!!! Na verdade, o que imaginamos ser um restaurante era apenas uma torre de telefonia celular (sem noção!).
Depois de descobrir que o Giratório estava do outro lado, resolvemos ir passear mais antes de ir até lá. Então, já que ainda estava cedo, descidimos ir até o Shopping Arauco que fica no Barrio Las Condes. Descemos na Estación Maquehue e foi possível avistar as imensas Cordilheiras bem atrás dos prédios... fantástico!

Seguimos em direção a Calle Rosário, onde andamos cerca de 10 minutos ao Norte até chegarmos no Parque Arauco que é um local muito bonito. Lá visitamos a Plaza del Rosedal que, como o nome diz, é um local com muitas rosas de várias cores, super lindo.



O barrio Las Condes é um bairro super chic, com alamedas arborizadas e edifícios residenciais de alto padrão. Mais tarde descobrimos que se tivéssemos descido na Estación Escuela Militar teríamos andado menos, mas valeu a pena a caminhada, pois é um bairro muito bonito.
Chegando no Shopping Arauco, entramos pela Falabella, loja de departamento, muita coisa bonita, bastante roupa feminina, perfumes, make up importada, mas achamos tudo muito caro. Andamos mais um pouco, fomos na Paris que tem bastante eletrônicos e roupas esportivas (lá tem bastante opção de roupas da Colúmbia) e vimos bastante lojas de grifes conhecidas. A Benetton é bem forte por lá, tem em todo lugar. No geral, achamos os preços bem salgadinhos, foi só pra passear mesmo (pobres!!!).
Saímos do shopping, pegamos o metro, desta vez em direção a Estación Los Domenicos, pois pesquisando na internet, vi que lá tem uma féria chamada Los Graneros del Alba ou Pueblito Los Dominicos, na Calle Apoquindo (bem pertinho do metro), onde tem artesanato e lembrancinhas, só esqueci do detalhe de que é só aos domingos... Como era sábado, tivemos que nos contentar com a féria normal mesmo, de frutas e legumes! Diga-se de passagem muito orgainazada, com as verduras milimetricamente dispostas em prateleiras feitas de caixas, sem gritaria, sem alvoroço, sem "moça bonita não paga, mas também não leva" e sem empanadas (o que seria o equivalente ao nosso pastel!).
Andamos um pouco por lá, vimos frutinhas diferentes e depois fomos até a iglesia que fica ao fundo: Paróquia San Vicente Ferrer.


Voltamos para o metro, desta vez com destino a Estación Los Leones, que fica pertinho do Restaurant Giratório.
O restaurante fica bem ao lado da saída da estação (à esquerda). Não se iluda, o restaurante não é redondo!!! - Por que colocamos isso na cabeça, hein?! -  É um prédio quadrado, todo de vidro.
O pessoal do restaurante é muito simpático e atencioso, desde a recepção e a moça que orienta a troca de elevadores até os garçons (é que você sobe por um elevador, quando você sai, tem um restaurante neste andar, mas não é panorâmico. Para chegar ao giratório, tem que pegar outro elevador).
Na verdade o que gira, bem lentamente, é o chão onde ficam as mesas, no centro fica a entrada dos garçons, de onde sai as comidas e o bar. Esse é fixo (não gira).

Nós quatro gastamos 84.000 CLP (R$ 367,15, quase R$ 92,00/pessoa), incluindo as bebidas, os acompanhamentos, três cafés, uma sobremesa e a propina (só para explicar, no almoço sempre bebíamos água, coca-cola ou suco).
O Renan, o Maurício e eu pedimos um Bife Chorizo (bovino), suculento e muito macio, muy esquisito!!! Nota 11! A Márcia comeu um Salmon, que segundo ela, também estava muito saboroso. Todos nós pedimos uma porção de arroz e papas fritas.


Se puder, não deixe de ir ao Restaurant Giratório. É um pouco caro, mas vale a pena, o ambiente é super agradável, a comida ótima, boa apresentação dos pratos, o atendimento excelente, boa localização (pertinho do metro) e o melhor: uma vista privilegiada de Santiago, de vários ângulos.
Saímos de lá (empanturrados!) com destino a Vinícola Concha y Toro (havíamos feito a reserva pela internet há alguns dias - para o período da tarde). Fomos da Estación Los Leones até a Estación Tobalaba (linha vermelha), onde fizemos a combinación para a linha azul, até a Estación Las Merces.
O trajeto levou em torno de 1h e, conforme vai se afastando da Região Central de Santigao, a paisagem vai mudando. Os edifícios vão dando lugar a inúmeras casinhas coloridas, com telhados estilo enxaimel e ao fundo as imensas Cordilheiras dos Andes, algumas com neve no topo... Vista deslumbrante!!!
A linha azul vai margeando as Cordilheiras, muito bonito.
Descemos na Estación Las Merces que é a penúltima da linha azul. Lá havia uma feirinha e um shopping (não entramos). Pegamos um táxi ali perto e fomos até a Vinícola Concha y Toro, pagamos 3.000 CLP (R$ 13,00).
O taxista, bem simpático, falou que não estávamos mais em Santiago, e sim, na Comunidad de Puente Alta e que a vinícula fica na Comunidad de Pirque (bem próxima uma da outra).



Chegando lá, fomos até a recepção, bem na entrada, nos identificamos e fomos informados que haviam dois tipos de passeios guiados: um de 8.000 CLP (R$ 35,00) que inclui, além do tour, a degustação de dois vinhos e uma taça de brinde/pessoa e o outro de 16.000 CLP (R$ 70,00) que inclui, além do tour, a degustação de quatro vinhos mais uma tábua de queijos e uma taça de brinde/pessoa.


A vinícola é muito bonita, tem um casarão que foi construído em 1883 pelo antigo proprietário (pasmem: 24 quartos!).


Hoje o casarão é usado como sede da administração da vinícola.


O jardim é MA-RA-VI-LHO-SO, projetado, a pedido do proprietário especialmente para sua esposa, por um paisagista francês, com árvores vindas de vários locais do mundo (tem árvore de origem brasileira também: Araucária). Tem uma parte do jardim com um lago que mais parece uma obra do Monet, muito bonito meeeesmo!!!


Depois fomos ver as plantações de uva, onde degustamos, "direto da fonte", uvas de várias espécies.


As uvas são bem pequeninas, a guia explicou que as parreiras recebem pouca água para que as uvas não cresçam muito e mantenham algumas substâncias, que dão sabor ao vinho, mais concentradas.


As parreiras são identificadas com o nome das uvas e pode-se degustá-las a vontade.


Fizemos a degustação dos vinhos e aí, meu amigo, é viagem total!!! A guia pergunta qual é cheiro que as pessoas estão sentindo naquele vinho (tipo: que notas tem esse cheiro, entende?), então, tem gente que fala que tem cheiro de maçã, outras de abacaxi, outras de morango, cheiro adamascado, rolou até um cheiro de violeta (???)... eu, na verdade, só senti cheiro de vinho mesmo!!! Enólogos, perdoem a minha ignorância!


Depois, seguimos para a parte interna, onde ficam os barris com vinho, a uma temperatura ideal para conservação do vinho.


Em seguida fomos até o Casillero del Diablo, onde ficam os melhores vinhos. Esse nome foi dado pelo primeiro proprietário, quando percebeu que seus melhores vinhos estavam sendo roubados, ele inventou uma lenda de que o diabo habitava aquele lugar, com medo, as pessoas não íam mais lá e os vinhos pararam de sumir.
Depois que todos do grupo entram no Casillero, eles trancam as portas e apagam a luz e uma voz narra a historinha do diabo. É breu total, não gostei muito dessa parte!

A visita durou 50 minutos, em seguida fomos em uma lojinha lá da vinícola. Os mesmos vinhos nos mercados são bem mais baratos.
Na volta pegamos um taxi (2.750 CLP = R$ 12,00), ficamos na Estación Plaza de Puente Alto (a última da linha azul) onde pegamos o metro com destino final a Estación Santa Lucia, próximo ao apart em que estávamos hospedados.
Mais uma vez, valeu muito a pena ir por conta própria. Gastamos com transporte e ingressos para quatro pessoas 14.160 CLP (R$ 62,00), ou seja, 3540 CLP (R$ 15,50) por pessoa. A agência de turismo próximo ao Mercado Central em Santiago, cobrou 29.000 CLP (R$ 126,80) por pessoa para nos levar até lá. Tenho que agradecer especialmente a Ana e ao Altamir (casal do Rio de Janeiro) que nos deram essa dica, thank's!
Na volta fomos até uma Farmácia. Como já comentei em um post, as farmácias em Santiago só vendem medicamentos, não são como aqui com diversos ítens de perfumaria. Os clientes são atendidos em um balcão bem próximo a entrada e não tem nenhum acesso a nada que é vendido (em Pucon e, principalmente, em Puerto Varas já são mais parecidas com as nossas), entretanto, encontramos uma com uma característica bastante peculiar. A Márcia e eu fomos comprar uns hidratantes e, conforme entramos para conhecer melhor o local, descobrimos que junto (isso mesmo, no mesmo estabelecimento) são vendidos artigos de sex shop! Tem filminhos, roupinhas e brinquedinhos de vários tipos, tamanhos e cores, para meninos e meninas!!! No primeiro momento fiquei chocada (imaginei a minha vó entrando lá!), mas até que foi engraçado. Depois da surpresa fomos a um supermercado e compramos umas empanadas de pino (carne cortada em cubinhos) e de queijo para comer no hotel.